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Polícia lança gás lacrimogêneo contra manifestantes no Egito

Um apoiador do presidente egípcio Mohamed Mursi segura uma versão do Corão diante da bandeira do país em Alexandria, onde foram registrados confrontos entre grupos islâmicos e membros da oposição | REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Um apoiador do presidente egípcio Mohamed Mursi segura uma versão do Corão diante da bandeira do país em Alexandria, onde foram registrados confrontos entre grupos islâmicos e membros da oposição (Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

A polícia egípcia lançou bombas de gás lacrimogêneo na noite desta sexta-feira (14) durante um confronto entre grupos islâmicos e membros da oposição diante de uma mesquita de Alexandria, segundo testemunhas.

Os confrontos começaram durante o dia, após um protesto contra um religioso muçulmano que convocou os fiéis a votar a favor da nova Constituição, neste sábado.

Manifestantes contrários ao presidente Mohamed Mursi cercaram a mesquita, onde se refugiaram responsáveis religiosos, e as tentativas das autoridades de resolver a questão através do diálogo fracassaram, o que levou á ação da polícia de choque.

Grupos de opositores e partidários de Mursi, presidente apoiado pela Irmandade Muçulmana, se enfrentaram com paus e pedras em torno da mesquita, onde vários carros foram incendiados. Os serviços médicos informaram 15 feridos nos incidentes.

Os egípcios estão convocados a votar neste sábado na primeira etapa do referendo sobre o projeto de Constituição. A segunda etapa do referendo ocorrerá no dia 22 de dezembro.

O projeto de Constituição visa a dotar o país de um quadro institucional estável e refletir as mudanças no país após a queda do presidente Hosni Mubarak, em 2011, mas a oposição rejeita o texto afirmando que ele permite interpretações religiosas que ameaçam a liberdade e os direitos do cidadão.

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