A polícia da Malásia prendeu nesta sexta-feira (12) dois jornalistas e uma deputada de oposição. Aparentemente, eles estão sendo acusados pela Lei de Segurança Interna (LSI), que permite detenção sem julgamento e já foi usada no passado para reprimir opositores do governo.
Observadores políticos disseram que a coalizão governista Barisan Nasional, que está no poder desde a independência do país e teve seu pior resultado eleitoral da história em março deste ano, parece estar planejando uma repetição da onda repressiva contra oposicionistas lançada em 1987.
"Será que a Malásia está nas garras de outro uso delirante da LSI, como foi a Operação Lalang, há 21 anos, quando houve prisões em massa sob pretexto de violações da LSI, além de fechamento de jornais?", perguntou o deputado oposicionista Lim Kit Siang, que foi preso em 1987.
Um dos presos é o jornalista Raja Petra Kamaruddin, editor do website Malaysia Today; ele já havia sido acusado pelo governo de traição e difamação, depois de vincular o vice-primeiro-ministro Najib Razak e sua mulher ao assassinato da mongol Altantuya Shaaribuu, que teria sido amante de Razak, em 2006.
Também foi presa a repórter Tan Hoon Cheng, do jornal Sin Chew Daily News, publicado em chinês; recentemente, ela relatou uma declaração de um líder do Barisan Nasional, que chamou os malasianos de etnia chinesa de "maloqueiros". "Os colegas dela no Sin Chew Daily estão chocados com a prisão. O jornal permanecerá firme em defesa de sua posição editorial", diz um comunicado divulgado pela publicação.
A deputada presa é Teresa Kok, do oposicionista Partido da Ação, que também tem sua base eleitoral na comunidade étnica chinesa. As informações são da Dow Jones.
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