A brasileira Maria de Fátima Ramos dos Santos, de 23 anos, que teve seu filho de menos de um mês seqüestrado nos Estados Unidos há uma semana, anunciou nesta sexta-feira (8), em uma coletiva de imprensa, que as autoridades locais ofereceram uma recompensa de US$ 11 mil (cerca de R$ 23 mil) por informações que possam levar a polícia a encontrar Bryan dos Santos Gomes.
O garoto foi seqüestrado em Fort Myers, na Flórida, onde Maria de Fátima vive com o marido Jurandir Gomes Costa, há 15 meses. Ele foi levado das mãos de Maria de Fátima por uma mulher que a ameaçou com uma faca, depois de ter pedido informações e oferecido uma carona à família Santos. No início da semana, Maria de Fátima deu uma entrevista ao G1, contando o que aconteceu.
Nesta sexta, visivelmente abatida enquanto respondia, com a ajuda de uma intérprete da igreja, a cerca de 30 jornalistas que acompanham o caso, Maria de Fátima voltou a falar sobre o seqüestro e a tensão vivida na última semana.
Em entrevista ao G1, por telefone, o pai de Bryan, contou que a família não agüenta mais a espera. Jurandir não consegue trabalhar e está constantemente indo à delegacia de polícia, na esperança de conseguir mais novidades.
"A gente está muito abalado, esperando notícia melhor, pra ter o nenê de volta o mais rápido possível. A gente não está agüentando. Maria de Fátima está abalada demais, muito triste. Está demorando muito tempo. Só Deus mesmo pra ajudar nessa hora", disse.
Segundo ele, a polícia não fez nenhum avanço até o momento. "Nada, não tem nenhuma novidade ainda, a gente está fazendo busca, mas nada. A polícia está devagar, meu Deus. A polícia toda está ajudando a buscar, mas está difícil".
Até o FBI está ajudando nas buscas. Jurandir contou que a igreja local também está mobilizando a comunidade na busca pelo bebê. Mas especialistas ouvidos pela imprensa local da Flórida dizem que, com a passagem do tempo, fica cada vez menos provável que o garoto volte a ser encontrado. O grande problema, dizem, é a probabilidade de que os seqüestradores já tenham deixado a região do crime, dificultando as buscas da polícia.
"A pressão do tempo torna as buscas ainda mais estressantes", disse Jon Brunner, diretor de serviços psicológicos da Universidade Gulf Coast, da Flórida, em entrevista ao jornal local "News Press".
Além disso, a passagem do tempo diminui a atenção do público, que, segundo a polícia, é essencial para resolver o caso. A polícia divulgou novas fotos de Bryan, a fim de reforçar a memória de que o garoto continua seqüestrado.
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