Polícia prende manifestantes em universidade da Califórnia após descumprirem ordens de saída do campus

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Agentes policiais efetuaram dezenas de prisões nesta quinta-feira (2) em um acampamento pró-Palestina instalado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), após os manifestantes descumprirem ordens das autoridades para saída do campus.

Segundo a imprensa local, dezenas de policiais chegaram ao acampamento e enfrentaram resistência de centenas de manifestantes enquanto tentavam remover barreiras de metal e madeira e outros objetos que impediam o acesso ao local.

A ação dos agentes começou na madrugada desta quinta, quando a polícia lançou sinalizadores sobre o acampamento que provocaram "fortes explosões", segundo o jornal Los Angeles Times.

A emissora CNN relatou várias tentativas anteriores da polícia de entrar na área onde os manifestantes estavam entrincheirados, sem sucesso, e que unidades do serviço de operações especiais participaram na operação. Os detidos foram levados para ônibus posicionados perto do campus da universidade californiana.

Os incidentes ocorreram depois que os acampados se recusaram a deixar as instalações da UCLA durante a noite, conforme solicitado pelas autoridades.

A UCLA cancelou suas aulas nesta quarta (1º) após a intervenção policial no campus ocorrida na madrugada do mesmo dia para acabar com os confrontos violentos entre grupos de manifestantes pró e contra Israel.

A instituição de ensino comunicou aos alunos, via e-mail, o cancelamento de todas as aulas e informou que os agentes policiais permaneceriam nos edifícios principais, junto ao acampamento.

A intervenção policial ocorreu depois de grupos de manifestantes pró-Israel entrarem em confronto com estudantes instalados em um acampamento no campus universitário na noite passada para protestar a favor da Palestina.

A ação policial em Los Angeles soma-se aos incidentes semelhantes ocorridos em dezenas de universidades nos Estados Unidos nos últimos dias e que resultaram em centenas de detenções, a maioria delas em Columbia (Nova York) e em Wisconsin.