A polícia israelense disse no domingo que o primeiro-ministro Ehud Olmert deve enfrentar acusações criminais, fazendo uma recomendação devido ao escândalo de corrupção que o tirou do gabinete no meio das negociações de paz com os palestinos. "A polícia recomendou hoje que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, seja indiciado em dois casos separados", disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.
A polícia disse ter provas de que Olmert recebeu dinheiro de um empreendedor norte-americano e declarou duas vezes gastos com viagens, nas épocas em que foi prefeito de Jerusalém e ministro da Indústria. Os advogados de Olmert disseram que a recomendação policial "não tem significado" porque somente o procurador-geral pode decidir se um primeiro-ministro vai ou não ser indiciado.
"Vamos esperar pacientemente a decisão do procurador-geral e, ao contrário da polícia, não temos dúvida de que ele sabe a responsabilidade que tem", disseram os advogados, em um comunicado.
Olmert se comprometeu a renunciar assim que seu partido, o Kadima, escolher um novo líder, no dia 17 de setembro. Logo, a recomendação policial não tem nenhum impacto imediato em seu direito de posse e não garante que o procurador-geral escolha indiciá-lo.
Olmert nega ter tido má conduta em uma série de investigações. A lei de Israel estabelece que a polícia apresente sua recomendação à promotoria, que a encaminha ao procurador-geral Menachem Mazuz, única pessoa autorizada a indiciar um premiê. Uma fonte da promotoria disse que Mazuz levará, no mínimo, várias semanas para tomar sua decisão.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião