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Policiais cubanos desocuparam na noite de quinta-feira uma igreja na capital Havana invadida por manifestantes da oposição que pediam um encontro com o Papa Bento XVI, que estará na ilha no fim do mês. Segundo o porta-voz da Arquidiocese local, Orlando Márquez, os 13 ativistas saíram do centro religioso sem apresentar resistência e os agentes que participaram da ação não utilizaram armas.

"Em uso de sua autoridade, o cardeal Jaime Ortega fez um apelo às autoridades competentes para que pedissem que os ocupantes se retirassem da igreja", disse Márquez.

Os agentes que executaram a ação asseguraram à Igreja que não utilizariam armas. Eles disseram que os manifestantes iriam inicialmente a uma unidade policial e depois seriam levados a suas casas, sem serem processados pelo ato.

Os manifestantes ocupavam a Igreja da Caridade, em Havana, desde a noite da última terça-feira. O grupo pretendia fazer denúncias ao Pontífice sobre presos políticos que ainda não teriam sido libertados, mesmo após um acordo entre a Igreja e o governo cubano. Em nota divulgada na quarta-feira, a Arquidiocese local condenou a ação dos ativistas afirmando que "ninguém tem o direito de converter os templos religiosos em trincheiras políticas".

A visita do Papa Bento XVI ocorre em um momento de mudanças na ilha, com as reformas econômicas lançadas pelo presidente Raúl Castro e a melhoria nas relações com a Igreja Católica. O cardeal cubano Jaime Ortega negociou um acordo com o presidente em 2010 para a libertação de mais de 100 presos políticos, e tem sido uma das principais vozes a favor das reformas. Em dezembro, Raúl libertou 2.900 prisioneiros, citando a visita do Papa como uma das motivações.

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