A polícia da Rússia informou que 20 ativistas de direitos dos homossexuais e militantes cristãos ortodoxos foram presos nesta sexta-feira (25) durante uma manifestação perto do Parlamento, em Moscou. Eles participavam de um protesto contra a aprovação de uma legislação considerada prejudicial aos homossexuais.
O Parlamento analisava uma lei federal que estabelece multas de até US$ 16 mil para organizadores de eventos públicos ou a simples disseminação de informações sobre a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) para menores de idade. A Igreja Ortodoxa e outros grupos são favoráveis à legislação, afirmando que isso vai ajudar a impulsionar a taxa de natalidade no país.
Quase 50 ativistas homossexuais se reuniram nesta sexta-feira em frente ao Parlamento para protestar contra a lei, e foram atacados pelos militantes ortodoxos, que atiraram ovos. A polícia interveio, mas a maioria dos presos eram os ativistas gays. A Rússia descriminalizou a homossexualidade apenas em 1993 e a homofobia ainda é muito grande no país.
Após a confusão, a Câmara Baixa do Parlamento acabou aprovando o projeto contra a chamada "propaganda gay" em primeira leitura, com 388 votos a favor, um contra e uma abstenção. "Essa propaganda é veiculada na mídia e em eventos públicos e propaga a homossexualidade como um comportamento normal", diz o texto. As informações são da Associated Press.
Polícia reprime protesto gay em Moscou