A polícia de Seattle acabou com a chamada "Zona Ocupada de Protestos de Capitol Hill" nesta quarta-feira (1º), após ordem da prefeita Jenny Durkan. Os oficiais removeram os bloqueios, desmontaram as tendas onde os manifestantes estavam acampados havia três semanas e prenderam pelo menos 23 pessoas que se recusaram a deixar o local, informou o Departamento de Polícia de Seattle. Um dos detidos carregava uma faca e um cano de metal.
Motivado pelos protestos contra a morte do afro-americano George Floyd, um grande grupo de manifestantes antirracismo ocupou cerca de seis quadras no bairro Capitol Hill, centro de Seattle, em 8 de junho, impedindo a presença da polícia na área. O governo local permitiu que eles montassem acampamento e a prefeita chegou a elogiar a atmosfera do lugar. Mas a opinião dela mudou depois que quatro tiroteios e outros crimes violentos foram registrados dentro da zona ocupada. Pelo menos dois jovens negros morreram nesses incidentes.
"Desde o início das manifestações na região do Distrito Leste, em 8 de junho, dois adolescentes foram mortos e três pessoas ficaram gravemente feridas em tiroteios no final da noite", disse a polícia de Seattle no Twitter nesta quarta-feira, acrescentando que suspeitos dos tiroteios recentes ainda poderiam estar na área e que várias pessoas estariam armadas.
A chefe da polícia de Seattle, Carmen Best, disse em comunicado que apoia protestos pacíficos, mas que a "zona ocupada" se tornou um local sem lei e brutal. "Quatro tiroteios - dois fatais - roubos, agressões, violência e incontáveis crimes de propriedade ocorreram nesta área de vários quarteirões".
O prédio da delegacia de polícia do Distrito Leste está dentro da área que foi ocupada pelos manifestantes do Black Lives Matter. Best disse que a polícia só vai voltar para lá quando a área estiver limpa, mas que pretende iniciar as operações assim que for possível.
Enquanto desmontavam os acampamentos, os oficiais também estavam investigando carros que circulavam pela região no início da manhã. Policiais observaram que em alguns deles, cujas placas não estavam visíveis, haviam pessoas vestidas com equipamentos de proteção e portando armas.
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