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Israel

Polícia suspeita que extremistas judaicos atacaram ativista

A polícia suspeita que extremistas judaicos conduziram um ataque com uma bomba caseira nesta quinta-feira (25), que deixou ferido um pacifista israelense e lembrou o clima de violência que prevalecia entre os judeus antes do assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin em 1995.

O professor Zeev Sternhell saiu de casa logo após a meia noite, na madrugada desta quinta-feira, para fechar um portão no quintal, quando uma bomba explodiu, ferindo o acadêmico em uma das pernas, disse o porta-voz da polícia de Jerusalém, Shmuel Ben-Ruby. Investigadores encontraram panfletos no bairro de Sternhell que ofereciam 1.1 milhão de shekels (US$ 320 mil) a qualquer um que matasse um integrante do Paz Agora, um grupo pacifista israelense que compartilha as opiniões do professor Sternhell. O Paz Agora se opõe aos assentamentos judaicos na Cisjordânia e documenta a expansão das colônias judaicas em territórios palestinos.

"Nós acreditamos que a motivação é ideológica", disse o porta-voz da polícia nacional de Israel, Micky Rosenfeld.

Sternhell, um especialista famoso internacionalmente em estudos sobre a história do fascismo, recebeu no começo deste ano o Prêmio de Israel, o de maior honraria do país. A premiação atraiu críticas de colonos de assentamentos judaicos, que detestam o Paz Agora e fizeram uma petição à Suprema Corte de Israel para barrar a entrega do prêmio.

A primeira-ministra designada de Israel, Tzipi Livni, definiu o ataque como "intolerável". As informações são da Associated Press.

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