Os policiais dispersaram centenas de manifestantes judeus com jatos d'água nesta sexta-feira (10), na cidade de Acre, que tem forte presença de operários. As forças de segurança tentavam conter as tensões, após dois dias de confrontos que mostraram as divisões dentro da sociedade israelense.
O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que 300 moradores se reuniram na parte leste de Acre, em uma tentativa de entrar em um bairro árabe. A polícia conteve esses moradores e prendeu três pessoas.
Houve confrontos nesta sexta-feira, durante o feriado judaico do Yom Kippur, o Dia do Perdão. Os confrontos mostram as divisões entre árabes e israelenses no país - em Acre, por exemplo, um quarto dos 46 mil moradores da cidade são árabes. No país, os árabes são 20% da população total.
Os dois lados têm direitos iguais pela lei, porém os árabes são discriminados para conseguir financiamentos públicos e empregos, por exemplo. Na média, também são mais pobres que os judeus israelenses.
A primeira-ministra designada Tzipi Livni visitou Acre e pediu aos moradores o fim da violência. O presidente Shimon Peres também pediu paz: "Ninguém ganhará nada com esses confrontos, todo mundo perderá com eles", afirmou.
Os confrontos começaram na quarta-feira, em uma comunidade de maioria judaica, após o início do Yom Kippur, considerado o feriado mais importante do calendário judaico. Um árabe entrou na área e foi agredido por jovens judeus, segundo a polícia. O incidente gerou vários outros confrontos. Políticos locais trocaram acusações por causa da violência. As informações são da Associated Press.