A polícia turca prendeu pelo menos 350 pessoas em diferentes manifestações que ocorrem praticamente de forma ininterrupta desde a tarde deste sábado (15), informou neste domingo (16) o jornal "Hürriyet" ao citar fontes do Colégio de Advogados de Istambul.

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Durante o dia de hoje, a polícia fez diversas intervenções com uso de jatos de água, granadas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra milhares de manifestantes que tentavam se aproximar da Praça Taksim, epicentro das manifestações iniciadas há quase três semanas.

A emblemática praça foi desocupada na tarde de ontem e, desde então, se encontra isolada, embora as ofensivas policiais nos arredores do local tenham se mostrado quase que constante ao longo da jornada de hoje.

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Grande parte dos 350 presos foram detidos no bairro de Cihangir, uma zona residencial de classe média, que, desde o início dos protestos, aparece como a espinha dorsal do descontentamento popular. Os confrontos entre policiais e manifestantes seguiam intensos na região nas primeiras horas da segunda-feira (locais).

Os detidos, incluindo vários jornalistas e um cidadão britânico, foram transferidos à Praça Taksim e acomodados em ônibus da polícia, afirmou o jornal citado.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional fez hoje uma chamada ao governo turco para que ponha fim na política de restrição à comunicação dos detidos e que deixem os mesmos ligar para seus advogados e familiares.