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A polícia paquistanesa voltou a prender a líder da oposição do país, a ex-premiê Benazir Bhutto no início da terça-feira (12) do país (início desta noite de segunda no Brasil), horas antes de ela iniciar um grande protesto contra o estado de exceção decretado pelo presidente do país, o general Pervez Musharraf. Segundo a polícia, ela deve ficar em prisão domiciliar por sete dias.

"Entregamos a notificação de prisão e ainda não tivemos uma resposta", disse o chefe de polícia da cidade de Lahore, Aftab Cheema, à agência Reuters, numa das barricadas montadas para bloquear o acesso à casa em que Bhutto está.

A prisão ocorre momentos antes de Bhutto iniciar uma marcha de 300 quilômetros, de Lahore à capital Islamabad, para exigir que Musharraf encerrasse o estado de exceção decretado há pouco mais de uma semana.

O general Pervez Musharraf, declarou mais cedo nesta segunda-feira (12) que proibiria a marcha protesto liderada pela ex-premiê do país.

O partido de Bhutto declarou que continuaria com a marcha mesmo com a proibição.

Centenas de policiais armados tomaram as ruas em torno da casa em que Bhutto está morando, em Lahore. Uma série de barricadas foram montadas na região, num acirramento da disputa política entre a ex-primeira-ministra e o presidente.

Primeira prisão

A ex-primeira-ministra foi libertada na noite da última sexta-feira (9) após 24 horas de detenção domiciliar em Islamabad, capital do país.

A ex-primeira-ministra foi declarada em prisão domiciliar para que a polícia a impedisse de sair para participar de um comício destinado a exigir o fim do estado de exceção

"Devido a sérias ameaças (de atentados contra ela), o governo a notificou de uma ordem de confinamento" em seu domicílio, declarou então à AFP Shahid Nadeem Baluch, chefe da polícia de Islamabad.

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