Muitos policiais ocupam a Avenida Champs-Elysées, a mais famosa de Paris. Enquanto turistas, alheios ao perigo, circulam, policiais alertados por mensagens de texto (SMS) sobre a possibilidade de incêndios a carros nesta área tomam as ruas e seus arredores. Os grandes templos de consumo, como o novo prédio da Louis Vuitton e restaurante e cafés da rua, continuam cheios, enquanto na porta do metrô George V uma rede de TV francesa filma o movimento causando estranheza aos estrangeiros ao redor, que mal entendem o que dizem os repórteres.

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A França está em estado de alerta de emergência há três dias, depois que vários incêndios de automóveis tomaram conta do país. Segundo um jornalista francês, os jovens têm entre 17 e 22 anos, e são a segunda geração de imigrantes.

A principal motivação para a série de distúrbios, que já entram na 17ª noite, é o desemprego. Ao norte de Paris, onde um grupo de jovens parisienses admitiu fazer parte do conflito, a situação parece estranha aos brasileiros. Nestes locais de focos de revolta, não há miséria. As ruas são limpas e pavimentadas, o Estado mantém bem cuidados os jardins e serviços públicos como iluminação e limpeza das ruas faria inveja a qualquer rua da zona sul carioca.

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Para os brasileiros causa espanto uma manifestação de jovens por emprego num país onde o governo arca com até 75% dos aluguéis em regiões mais pobres e dá ajuda a famílias com mais de dois filhos. O ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, que vem dando declaração polêmicas sobre as manifestações e é responsável pelas fortes medidas de repressão, tem idéias liberais para economia e aprovação de 7 entre 10 franceses. É o principal candidato nas próximas eleições.