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Tensão

Policiais são presos acusados de matar manifestantes na Ucrânia

As autoridades da Ucrânia prenderam 12 agentes da tropa de choque "Berkut", suspeitos do assassinato em massa de manifestantes durante os distúrbios do dia 20 de fevereiro no centro de Kiev, a capital do país, informou nesta quinta-feira a Procuradoria Geral do país.

"12 pessoas foram detidas", confirmou à agência Interfax-Ukraini o chefe da assessoria de imprensa da procuradoria, Vasyl Zorya.

O porta-voz afirmou que entre os detidos está o comandante da chamada "unidade negra" dos "Berkut", que distribuiu armas de fogo à tropa de choque para que atirassem contra os manifestantes.

Anteriormente, o procurador-geral da Ucrânia, Oleg Makhnitski, informou que os agentes da "unidade negra" são suspeitos do assassinato dos ativistas do Maidan, como é conhecida a Praça da Independência de Kiev, bastião da recente revolução ucraniana.

Makhnitski explicou que os membros da "unidade negra" receberam fuzis Kalashnikov e rifles, entre outras armas.

As outras unidades da tropa de choque "Berkut", que enfrentaram os manifestantes no centro de Kiev durante os distúrbios que aconteceram entre os dias 18 e 20 de fevereiro, "não receberam armas de fogo", disse, por sua vez, o procurador-geral adjunto, Alexei Baganets.

"Somente a unidade especial recebeu armas. Seu objetivo, como garantem agora, embora não acreditemos em suas versões, era defender-se dos manifestantes para permitir a retirada das forças principais dos 'Berkut', que estavam desarmados", disse Baganets.

Os suspeitos, caso sejam considerados culpados das acusações, podem ser condenados à prisão perpétua.

Mais de 100 pessoas morreram no centro de Kiev durante a revolta popular no final de fevereiro, a maioria, vítimas de franco-atiradores posicionados em vários edifícios no entorno da Praça da Independência.

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