Policiais acusados pela morte de dois xiitas no Bahrein foram presos em meio a uma investigação, afirmou ontem o ministro de Interior, xeque Rashed bin Abdullah al-Khalifa. "Aqueles por trás dos dois casos de morte foram detidos e nós começamos as investigações preliminares." Os protestos contra o governo continuam hoje no centro da capital, Manama.
O ministro pediu desculpas pelas mortes de dois manifestantes em confrontos com policiais na segunda-feira e ontem, dizendo que a polícia deve demonstrar comedimento. "Nós lamentamos que os recentes eventos tenham causado mortes e nos desculpamos à nação especialmente às famílias daqueles que morreram ou ficaram feridos", disse. "Nos últimos anos, eu sempre insisti que o pessoal de segurança deve mostrar comedimento para evitar tais eventos lamentáveis, e temos tido sucesso em fazer isso."
O rei Hamad lamentou as mortes ontem, anunciando uma investigação ministerial. O monarca prometeu realizar mais reformas - iniciadas com um referendo em 2001 que restaurou o Parlamento - a partir de 2002. O Legislativo estava fechado desde 1975. Nos anos 1990, o Estado árabe teve uma onda de protestos liderada pelos xiitas. As manifestações, porém, perderam força desde as reformas de 2001.
Ontem, milhares de pessoas se reuniram na Praça Pérola, após o funeral de um dos dois homens mortos. O protesto pela democracia foi convocado por ativistas pela internet. Inspiradas pelos levantes na Tunísia e no Egito, que levaram à queda de seus líderes apoiados pelo Ocidente, algumas pessoas no Bahrein dizem querer o fim da monarquia. O país do Golfo Pérsico, de maioria xiita, é comandado por uma dinastia sunita aliada dos Estados Unidos. As informações são da Dow Jones.
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