Um jornalista é atendido pelo resgate durante os protestos no Chile.| Foto: EFE/ Javier Martín
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Vários jornalistas, locais e estrangeiros, tiveram que receber os primeiros socorros na terça-feira (18) depois que policiais os atacaram com gás lacrimogêneo e água com agentes químicos enquanto faziam a cobertura das manifestações pelo terceiro aniversário do chamado "surto social", a onda de protestos que abalou o Chile em 2019.

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Os jornalistas, incluindo um repórter e um cinegrafista da Agência EFE, foram atingidos pelos canhões de água enquanto registravam o confronto entre grupos radicais de manifestantes e membros da força policial na emblemática Plaza Italia, epicentro dos protestos de três anos atrás.

Vários deles, incluindo os profissionais da EFE e de outras agências, tiveram que ser atendidos pelos voluntários do resgate, após sofrerem com fortes queimaduras nos olhos e no corpo em decorrência dos agentes químicos, além de vômitos, tontura e desmaios.

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Alguns outros jornalistas também foram agredidos diretamente pelos agentes, que não fizeram distinção entre os que protestavam e os repórteres que faziam seu trabalho, apesar de estes últimos estarem devidamente protegidos com capacetes e máscaras de gás e identificados com crachás de imprensa ou os logotipos de suas empresas. Além disso, foi noticiada a prisão de pelo menos um jornalista.

Embora, ao contrário de 2019, não tenham sido utilizadas armas de fogo, a repressão às marchas foi semelhante à de três anos atrás, com centenas de policiais que impediram qualquer concentração de pessoas no centro da cidade.

Grupos radicais, por sua vez, atiraram pedras, gás lacrimogêneo, coquetéis molotov e outros objetos nos agentes e tentaram erguer barricadas incendiárias ao redor da emblemática praça, onde se reuniram alguns milhares de pessoas, principalmente jovens de grupos de esquerda radical.

Além disso, grupos criminosos destruíram partes do mobiliário urbano e vandalizaram e roubaram várias empresas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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