Kimberly Potter, a ex-policial que atirou e matou Daunte Wright neste domingo (11) após ter confundido sua arma de fogo com uma pistola de eletrochoque, foi acusada de homicídio culposo, informaram nesta quarta-feira (14) as autoridades de Minnesota. Se for considerada culpada, ela pode ser condenada a até 10 anos de prisão. Ela foi presa ontem, mas liberada em seguida, após pagar fiança de US$ 100 mil.
A acusação contra a policial Kimberly Potter, de 48 anos, foi apresentada após ela e o seu chefe pedirem demissão do Departamento de Polícia do Brooklyn Center. Na cidade, tumultos violentos, com confrontos entre manifestantes e polícia e saques a comércios, estão ocorrendo todas as noites desde o incidente, apesar do toque de recolher. Dezenas de pessoas foram presas. As autoridades colocaram grades em volta da casa de Potter, no norte de Brooklyn Center, e patrulhavam a região desde que manifestantes ameaçaram atacar a propriedade.
Potter trabalhou como policial por 26 anos. Ela estava acompanhando outros agentes, na tarde de domingo, quando o carro de Wright foi parado durante uma blitz. Autoridades disseram que ele tinha o registro do veículo vencido. Quando os policiais descobriram que Wright tinha um mandado de prisão pendente, e tentaram prendê-lo, ele tentou fugir.
Imagens captadas por câmeras instaladas no corpo dos policiais mostram Potter avisando que usaria uma arma de choque. Ela gritou "Taser!", três vezes, antes de disparar contra o peito dele com uma pistola. "Acabei de atirar nele", disse a policial, no vídeo. Tom Gannon, que renunciou ao cargo de chefe de polícia local, tinha descrito o episódio como "um disparo acidental".
Segundo os estatutos de Minnesota, o homicídio culposo pode ser aplicado em casos em que alguém cria um "risco irracional" e mata outra pessoa por negligência. A pena máxima em uma condenação é de 10 anos de prisão.