Um dos três policiais que assassinaram o brasileiro Jean Charles de Menezes, no dia 22 de julho de 2005, em Londres, treinará agentes policiais para detectar bombas ou autores de ataques em vôos. Segundo o tablóide inglês "Daily Mirror", o policial foi selecionado para treinar os agentes porque demonstrou "habilidade de atuar rapidamente e de forma decisiva" em situações de emergência.
Alguns agentes de sua unidade de elite, CO19, serão dispersos de forma secreta em vôos comerciais da Grã-Bretanha com destino aos Estados Unidos, com a intenção de evitar eventuais atentados.
A decisão da Scotland Yard de utilizar um dos policiais envolvidos na morte de Jean Charles como instrutor gerou polêmica depois que a Promotoria Geral decidiu não apresentar acusações formais contra os agentes responsáveis pela morte do brasileiro.
- O assassinato foi um erro terrível, mas ocorreu em resposta a um temor genuíno de que aquele homem planejava detonar uma bomba e matar pessoas inocentes - explicou uma fonte policial. - Agora precisamos dos melhores agentes para frear ameaças reais do terrorismo internacional. Os 'sky marshals' (agentes policiais que atuam à paisana em vôos) devem atuar rapidamente e de forma decisiva em qualquer situação.
O policial instruirá durante oito semanas outros agentes na Base de Treinamento da Polícia Metropolitana em Gravesend, condado de Kent, e aqueles que passarem com êxito nos exames atuarão pouco depois nos aviões.
Durante o curso de treinamento, os agentes aprenderão a desarmar suicidas, atirar durante o vôo e pilotar aviões, para agirem no caso de os pilotos serem feridos ou mortos. Eles portarão pistolas de 9mm Sig Saber com munições que não danificam a fuselagem do avião, mas que podem causar ferimentos graves na vítima.
As informações são da Ansa.