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A Guatemala realizou eleições no dia 20 de agosto, nas quais elegeu Bernardo Arévalo como o novo presidente do país
A Guatemala realizou eleições no dia 20 de agosto, nas quais elegeu Bernardo Arévalo como o novo presidente do país| Foto: EFE/Lênin Nolly

O ex-candidato à prefeitura da cidade de San Pedro, na Guatemala, Aníbal Ramírez, foi assassinado a tiros nesta quinta-feira (14), em uma localidade próxima à fronteira com o México.

O político era membro do partido Movimento Semilla, do presidente eleito em 20 de agosto no país, Bernardo Arévalo de León.

A equipe de investigadores responsáveis pelo caso afirmou que ainda não tem conhecimento da motivação do crime. O ataque resultou na morte de Ramírez e sua esposa, que estavam dentro de um veículo.

O partido se manifestou sobre o caso, dizendo que "aguardam um esclarecimento das autoridades competentes sobre as circunstâncias do evento".

O processo eleitoral da Guatemala, ocorrido em agosto deste ano, foi considerado um dos mais polêmicos do país, desde o estabelecimento da democracia, em 1986.

De acordo com analistas políticos, o processo foi marcado por altos níveis de judicialização e intervenção do Ministério Público, chefiado por promotores sancionados por corrupção pelo Departamento de Estado dos EUA.

A primeira grande ocorrência aconteceu antes do segundo turno, quando a Suprema Corte do país acatou o pedido de nove partidos políticos e suspendeu o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, alegando a necessidade de se investigar suspeitas de irregularidades.

Já após o fim do segundo turno, o Tribunal Eleitoral do país tomou uma medida drástica ao suspender o partido Semilla, pelo qual Arévalo foi eleito presidente.

Segundo o órgão de justiça, a medida foi tomada em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral do país, que identificou sérias irregularidades na formação do partido.

As autoridades do Ministério Público disseram que uma das pessoas que assinaram a documentação de abertura do partido denunciou ter tido sua assinatura falsificada.

Além desse problema, o MP alegou que os nomes de outras 12 pessoas falecidas também foram encontrados no registro de abertura do partido.

Nessa semana, o presidente eleito, Bernardo Arévalo de León, lançou um apelo para que a procuradora-geral do país, Consuelo Porras, e outros funcionários do órgão abandonem seus cargos.

León acusou Porras de orquestrar um suposto golpe de Estado contra seu futuro governo.

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