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O político italiano Massimiliano Fedriga, da Liga. Foto: Reprodução / Facebook
O político italiano Massimiliano Fedriga, da Liga. Foto: Reprodução / Facebook| Foto:

O político italiano Massimiliano Fedriga, da Liga, partido de direita da Itália, é um dos porta-vozes do movimento antivacinas do país e já havia dito que o programa de vacinas obrigatórias italiano era “stalinista”. Mas Fedriga, 38 anos, teve que ser internado e passar quatro dias no hospital após contrair catapora na semana passada, segundo a imprensa italiana.

“Felizmente estou bem, acabou. Estou convalescendo em casa”, disse Fedriga, que é governador da região de Friul-Veneza Júlia.

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O microbiólogo italiano Roberto Burioni havia informado pelo Twitter que Fedriga estava com catapora, e disse que esperava que o caso chamasse a atenção para a importância da vacinação em adultos. Ele disse que se Fedriga tivesse sido vacinado, estaria com a saúde perfeita.

Em seu site Medical Facts, Burioni acrescentou que a catapora é uma doença muito contagiosa e que em adultos ela é no mínimo “muito desagradável”, lembrando que ela pode ser prevenida com uma vacina simples, segura e eficaz.

Burioni alertou ainda as mulheres em idade fértil que contrair catapora durante a gravidez “não é um problema; é uma tragédia”. A doença pode levar ao aborto e a casos de malformações congênitas.

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Nas redes sociais, muitas pessoas apontaram a ironia da situação, já que Fedriga se opôs veementemente à decisão da Itália de tornar a vacinação contra 12 doenças obrigatória para crianças. A legislação diz que crianças não vacinadas não podem ir para creches e escolas, sob pena de multa. A medida foi tomada após uma epidemia de sarampo em 2017, segundo o jornal britânico The Independent.

O político da Liga disse que viu muitos comentários no Twitter "celebrando" a sua hospitalização. Depois, ele insistiu que não era antivacinas, e que os seus filhos foram vacinados.

“Eu sempre disse que sou a favor das vacinas, mas para atingir os resultados é necessário fazer uma aliança com as famílias, e não impor”, ele disse em uma publicação no Facebook.

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