O rei da Jordânia, Abdullah al-Hussein, enfrenta pedidos sem precedentes de um grupo diverso de islamitas, liberais e simpatizantes tradicionais para tomar medidas rumo a uma monarquia constitucional, disseram políticos jordanianos nesta terça-feira.

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Encorajados pelas revoltas em todo o mundo árabe, essas vozes divergentes estão se unindo ao redor de uma ampla demanda por mudanças constitucionais para limitar os extensos poderes executivos da monarquia haxemita.

O xeque Hammam Said, líder da Irmandade Muçulmana da Jordânia, disse que eleitores deveriam ter o direito de eleger seu primeiro-ministro, nomeação que é atualmente feita pelo rei.

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"Estamos buscando um governo eleito onde o povo escolhe seus governos", disse, repetindo as demandas pela restrição dos amplos poderes do rei.

Abdullah pode nomear gabinetes e dissolver o Parlamento, direitos obtidos em sucessivas mudanças à Constituição de 1952.

Mohammad Abu Rumman, analista político do Centro de Estudos Estratégicos da Universidade da Jordânia, disse que forças políticas divergentes estavam se manifestando pela primeira vez sobre a questão, apesar de terem opiniões diferentes sobre como seguir em frente.

"Mesmo grupos tradicionais estão agora conversando abertamente sobre uma monarquia constitucional que abriria o caminho para uma democracia madura, onde o poder se alterna entre partidos políticos", afirmou.

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