Investigadores poloneses encontraram traços de explosivos nos destroços do avião presidencial que caiu há dois anos na Rússia, matando o presidente da Polônia e 95 outras pessoas, disse o jornal Rzeczpospolita na terça-feira (30).
Sem citar fontes, o jornal disse que promotores e especialistas em explosivos que examinaram os restos do avião na Rússia encontraram sinais de dinamite e nitroglicerina nas asas e na cabine, inclusive em 30 assentos.
Traços de explosivos foram detectados também na área onde o avião, modelo Tu-154, caiu a 10 de abril de 2010, quando se aproximava de um pequeno aeroporto na localidade russa de Smolensk, segundo o jornal.
O Ministério Público Militar da Polônia disse, por intermédio de um porta-voz, que irá comentar na terça-feira as revelações do jornal.
Investigadores russos atribuíram o acidente a uma falha dos pilotos poloneses, por tentarem pousar em meio a um forte nevoeiro. Já os responsáveis pela investigação polonesa disseram que os controladores de tráfego aéreo russos não deveriam ter autorizado o avião a tentar a aproximação.
Alguns grupos direitistas poloneses, inclusive o partido Lei e Justiça, o principal da oposição, rejeitaram as conclusões dos russos e insinuaram que o avião pode ter sofrido um atentado. A bordo estavam o presidente Lech Kaczynski e diversas autoridades políticas e militares que participariam de uma cerimônia em homenagem a mortos na Segunda Guerra Mundial.
Em seus relatórios oficiais citados pelo Rzeczpospolita, os investigadores dizem não ter provas do envolvimento de terceiros. Eles tampouco descartam que os explosivos sejam oriundos de bombas da Segunda Guerra Mundial que permaneceram na área sem terem explodido, segundo o jornal.