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Segundo o jornal polonês Rzeczpospolita, caso o premiê israelense, Benjamin Netanyahu vá ao país para o 80º aniversário da libertação de Auschwitz, ele será preso devido o compromisso do país do leste europeu com o Tribunal Penal Internacional (TPI).
A publicação do jornal foi feita na última sexta-feira (20), em conversa com autoridades sobre o evento da libertação do campo de concentração. A celebração está marcada para o dia 27 de janeiro e contará com a presença de dezenas de líderes e chefes de estado, incluindo o Rei Charles, da Grã-Bretanha.
Além de Netanyahu, o ex-ministro da defesa Yoav Gallant também tem mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional e não comparecerá o evento. O gabinete do premiê não comentou o caso mas ao que tudo indica, o Ministro da Educação, Yoav Kisch deve representar Israel na cerimônia.
A Polônia, assim como todos os 27 países que compõe a União Europeia assinaram o Estatuto de Roma e são legalmente obrigados a cumprir os mandados de prisão. De todos os membros, apenas o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban disse que Netanyahu não seria preso se fosse ao seu país, inclusive chegou a convidá-lo à Hungria.
Fontes polonesas disseram ao Rzeczpospolita que Varsóvia estava aplicando os mandados devido o seu desejo de ver o presidente russo Vladimir Putin, que também tem pedido de prisão emitido pelo TPI sentado na cadeira dos réus. O mandato de prisão contra o líder russo foi emitido em 2022 em razão do esquema para deportar à força milhares de crianças ucranianas para a Rússia.