Bruxelas O ministro espanhol para Assuntos Europeus, Alberto Navarro, declarou em Bruxelas à 1 h de ontem (20 h em Brasília) que a Polônia cedeu e, com isso, os governantes dos 27 países da União Européia poderão aprovar o projeto de tratado que regerá o funcionamento interno do bloco.
Os poloneses não concordavam com a proposta que regulamentava o sistema de votação nas múltiplas instâncias em que a UE delibera. Atribuíam à Alemanha a intenção de dominar os países menores por meio da chamada "dupla maioria. Por ela, as decisões seriam tomadas quando aprovadas por 55% dos países, desde que estes representassem 65% da população da UE.
Duas horas antes, a chanceler alemã, Angela Merkel, que exerce a presidência rotativa da UE, havia lançado um ultimato à delegação polonesa, chefiada pelo presidente Lech Kaczynski. Ameaçou prosseguir nas negociações, mas sem a participação dele. O texto final seria ratificado pela Polônia, se assim ela o desejasse.
A chanceler chegou a ser criticada pela Letônia e a pela República Tcheca, que a julgaram truculenta.
Merkel e o presidente Kaczynski reuniram-se três vezes a porta fechadas. Com o aval da França e do Reino Unido, a chanceler fez concessões de peso. Merkel concordou que o sistema de votação entre em vigor só em 2014, em lugar de 2009. E propôs que cinco países poderiam bloquear qualquer decisão, para negar uma suposta "conspiração dos países maiores contra os menores.
O Reino Unido, do premier Tony Blair, opunha-se à criação de um ministro das Relações Exteriores do bloco. Ele aceitou que o cargo fosse instituído, com a denominação de "alto representante, que presidirá as reuniões dos chanceleres dos países membros.
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