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A Polônia informou nesta quarta-feira (20) que não enviará mais armas para ajudar a Ucrânia a se defender contra a invasão da Rússia.
“Não vamos mais transferir armas para a Ucrânia, porque agora estamos armando a Polônia com armas mais modernas”, disse o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, em entrevista à emissora de televisão Polsat.
Varsóvia e Kiev vinham se desentendendo há alguns dias: no fim de semana, a Polônia, a Hungria e a Eslováquia anunciaram que iriam impor seus próprios vetos às importações de grãos ucranianos.
Na sexta-feira (15), havia expirado uma medida da Comissão Europeia que restringia tais importações por parte da Polônia, Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária. O objetivo era proteger os produtores locais da concorrência de grãos baratos da Ucrânia.
Nesta terça-feira (19), durante seu pronunciamento na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o “teatro político” em torno dos grãos ucranianos estava apenas ajudando a Rússia.
A declaração irritou a Polônia, que convocou nesta quarta-feira o embaixador da Ucrânia em Varsóvia como forma de protesto.
O encerramento do apoio militar da Polônia, que em março se tornou o primeiro país da OTAN a enviar caças para a Ucrânia desde o início da guerra, é um forte golpe para Kiev e indica como a falta de avanços representativos da sua contraofensiva está colocando em xeque o apoio de outros países.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden, que deve se encontrar com Zelensky nesta quinta-feira (21), quer aprovar um pacote adicional de US$ 24 bilhões para o país invadido, mas parte da oposição republicana questiona a continuidade da ajuda financeira, humanitária e militar à Ucrânia.
Na Eslováquia, o partido de esquerda Smer, que lidera as pesquisas para as eleições parlamentares do próximo dia 30, informou que o país não enviará mais ajuda à Ucrânia caso a legenda chegue ao governo.