A Polônia exigiu um pedido de desculpas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por ter citado um "campo de extermínio polonês" ao anunciar uma condecoração a um combatente da resistência polonesa ao Holocausto nazista.

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Muitas atrocidades do nazismo ocorreram em solo polonês, e Varsóvia há décadas se empenha em apagar a ideia de que a Polônia teria alguma responsabilidade pelo extermínio de cerca de 6 milhões de judeus durante a 2.ª Guerra Mundial.

"A Casa Branca vai se desculpar pelo ultrajante engano", disse o chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, pelo Twitter na noite de terça-feira. "É uma pena que a ignorância e a incompetência tenham ofuscado uma cerimônia tão importante".

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Na quarta-feira, ele acrescentou que não acreditava em má fé de Obama, e sim em um lapso dos redatores do seu discurso.

Obama fez a referência ao entregar postumamente a Medalha Presidencial da Liberdade ao combatente Jan Karski.

Tommy Vietor, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que "o presidente disse errado - ele estava se referindo aos campos de extermínio nazistas na Polônia. Lamentamos essa declaração equivocada, que não deveria diminuir a clara intenção de honrar o sr. Karski e esses bravos cidadãos que ficaram ao lado da dignidade humana diante da tirania."

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, também exigiu explicações da embaixada dos EUA. O ex-presidente Lech Walesa, único polonês a ganhar o Nobel da Paz, disse que "deveríamos usar essa enorme gafe para assegurar que ninguém, em lugar nenhum do mundo, nunca mais diga isso".