A Polônia decidiu impor restrições à circulação de diplomatas russos no país, com exceção do embaixador, anunciou nesta segunda-feira (27) o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, que justificou a decisão como uma resposta à "guerra híbrida" da Rússia contra a União Europeia (UE).
A embaixada russa será em breve informada oficialmente da decisão, disse Sikorski em entrevista coletiva em Bruxelas, na qual os ministros das Relações Exteriores da UE estão reunidos.
Quando a decisão entrar em vigor, os funcionários da embaixada em Varsóvia não poderão deixar a subdivisão administrativa de Mazóvia, na qual a capital polonesa está localizada, enquanto os funcionários do consulado só poderão se deslocar dentro de suas respectivas regiões.
"Esperamos que outros (países) sigam nosso exemplo", afirmou o ministro, que enfatizou que as medidas não afetarão o embaixador russo.
De acordo com Sikorski, há evidências de que o Estado russo está envolvido na preparação de atos de sabotagem em uma "campanha" distribuída por toda a União Europeia.
"Na Polônia, um homem já foi preso por quase realizar um ataque de sabotagem e já existem outros suspeitos. Esperamos que a Federação Russa entenda isso como um sinal de alerta muito sério", disse Sikorski.
O chanceler também fez alusão ao recente aumento no número de chegadas de migrantes e solicitantes de asilo na fronteira polonesa-bielorrussa, o que Varsóvia considera um ato de "guerra híbrida" por parte do regime de Belarus.
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