A poluição do ar matou 7 milhões de pessoas em 2012, segundo relatório divulgado nesta terça-feira, 25, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - um número 4,5 vezes maior do que o de mortes causadas pela aids e cerca de 10 vezes maior do que os óbitos por malária, por exemplo. Os resultados confirmam a poluição atmosférica como problema ambiental de maior impacto na saúde mundial, segundo a OMS. Uma em cada oito mortes no planeta pode ser atribuída ao "consumo" de ar poluído, segundo a organização.
O cálculo leva em conta causas de morte que podem ser diretamente relacionadas à exposição prolongada ao material particulado, ozônio e outros poluentes presentes no ar - principalmente nas grandes metrópoles, mas não apenas nelas.
A maior parte das mortes está associada à poluição "doméstica", produzida em ambientes fechados por fogões a lenha, carvão ou esterco - muito usados em regiões pobres da Ásia, como fonte de aquecimento e para cozinhar. Cerca de 4,3 milhões de mortes foram causadas por esse tipo de contaminação do ar em 2012.
Outras 3,7 milhões de mortes foram atribuídas à poluição atmosférica tradicional, típica das cidades (mas também presente em áreas rurais), oriunda do trânsito e das indústrias. Dessas, 40% foram causadas por doenças cardíacas isquêmicas, 40% por derrames cerebrais e 20% por problemas pulmonares, como o câncer de pulmão. Uma parte das mortes é associada a ambas as formas de poluição (interna e atmosférica). Um estudo divulgado no ano passado pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade calculou que mais de 17 mil pessoas morrem por ano no estado de São Paulo em decorrência da poluição do ar - 4,6 mil só na capital.
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