O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, agradeceu em comunicado na noite do sábado a postura do governo brasileiro ao ajudar a Venezuela e seu “apoio firme e compromisso com a democracia” no vizinho. Além disso, Pompeo pediu que as forças de segurança venezuelanas permitam a entrada de ajuda humanitária e protejam os civis de ataques de grupos paramilitares ligados ao regime do líder bolivariano Nicolás Maduro.
“Uma coalizão ampla de democracias tem se reunido para insistir que a Venezuela seja livre e que a ajuda humanitária possa entrar, e nós saudamos o presidente [Iván] Duque e a Colômbia por sua liderança”, afirma Pompeo. “Nós do mesmo modo reconhecemos o governo brasileiro por seu apoio firme e compromisso com a democracia ao enviar ajuda crucial e que salva vidas para o povo da Venezuela.”
Pompeo lamenta a recusa de Maduro em permitir a entrada de ajuda humanitária internacional
Em sua nota, o secretário de Estado diz que o sábado foi “um dia histórico”, com centenas de milhares de voluntários buscando a paz e enfrentando o ditador Maduro. Também elogia o presidente interino Juan Guaidó e a Assembleia Nacional, presidida por este. Guaidó se autointitulou presidente interino no fim de janeiro, em desafio a Maduro, e foi reconhecido por várias nações, como Brasil, Colômbia e EUA. Maduro, contudo, continua a ser apoiado por alguns países, como China, Rússia e Turquia.
Pompeo lamenta a recusa de Maduro em permitir a entrada de ajuda humanitária internacional, após o ditador venezuelano fechar ontem a fronteira com a Colômbia. Ele também pede que as forças de segurança venezuelanas protejam os civis de “gangues armadas”, chamadas de colectivos no país, grupos paramilitares que apoiam o regime de Maduro. “Agora é a hora de agir em apoio à democracia e responder às necessidades do desesperado povo venezuelano”, argumenta. “Os Estados Unidos tomarão ações e responsabilizarão aqueles que se opuserem à restauração pacífica da democracia na Venezuela”, afirma ainda.
Opinião da Gazeta: Maduro quer ver seu povo passando fome (editorial de 22 de fevereiro de 2019)
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Para o governo do presidente Donald Trump, Maduro não tem legitimidade porque venceu eleições fraudadas e deve deixar o posto. O ditador venezuelano, porém, tem dito que não aceitará isso e que o envio de ajuda humanitária é um estratagema para enfraquecê-lo e derrubá-lo do poder.
Cuba dirige ataques contra povo da Venezuela
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, também afirmou em sua conta no Twitter na noite do sábado para este domingo que Cuba está envolvida na repressão ao povo venezuelano, como aliada do regime de Nicolás Maduro. Os EUA tem pressionado pela queda de Maduro.
“Agentes cubanos dirigem ataques contra o povo da Venezuela em nome de Maduro”, disse Pompeo. “Os militares venezuelanos deveriam fazer seu trabalho, proteger os cidadãos do país e evitar que os fantoches de Havana deixem crianças famintas.”
O Brasil participa ativamente da pressão internacional contra Maduro e reconhece como presidente interino do país Juan Guaidó.