Bauru – A contagem regressiva para a viagem até a Estação Espacial Internacional (ISS) já teve início na casa da família Pontes, em Bauru, São Paulo. Todos os dias, Virgílio Pontes, de 89 anos, se lembra quanto tempo ainda falta para o filho Marcos César partir para o espaço. Olha sempre para o céu e ainda não entendeu muito bem a órbita da estação em torno do planeta. Mas fica procurando um ponto fixo de observação. "É que eu estou com medo. Com medo de não agüentar, porque a minha idade é avançada e a cada dia que passa o meu medo aumenta", desabafa o pai do astronauta.

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Amanhã, quando todo o país estará vendo o primeiro astronauta brasileiro no espaço, a família e os amigos de Marcos Pontes deverão se reunir na casa do irmão, Luiz Carlos Pontes, para assistir a tudo de um telão. Ao lado de Virgílio, deve ficar um médico amigo da família. "Quando o homem pisou na Lua, eu vi e não pude imaginar que um dia meu filho iria lá para o espaço. Meu filho é muito corajoso, graças a Deus. Mas eu ainda peço uma coisa a Deus: que Ele me deixe ver meu filho indo e voltando aqui para a nossa casa", afirma Virgílio, lembrando que Marcos prometeu vir ao Brasil para visitar a família em maio.

Enquanto isso, em Baikonur, no Cazaquistão, técnicos da Roskosmos (agência espacial russa) concluíram a montagem da nave Soyuz TMA-8, que levará Pontes ao espaço. No domingo, Pontes e seus colegas Pavel Vinogradov (Rússia), comandante da missão, e Jeff Williams (EUA), engenheiro de vôo, visitaram a torre de lançamento do cosmódromo de Baikonur.

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