Um homem em frente a sua casa na cidade de Matanzas, interior de Cuba| Foto: EFEEFE/ Yander Zamora
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Habitantes de cidades do interior de Cuba estão enfrentando uma situação desesperadora neste momento devido à falta de alimentos e eletricidade, informou nesta quarta-feira (20) o site de notícias independente cubano Martí.

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Um ativista que reside no interior da ilha, em uma cidade chamada Sagua de Tánamo, disse ao site cubano que atualmente no local "não há água" e "não há comida".

“A população está morrendo de fome, isto é um deserto, e o governo não faz nada", afirmou o ativista, cujo nome é Alfredo Álvarez Leyva.

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Outro ativista, chamado William Tamayo, disse que na província onde ele mora, Holguín, onde fica a cidade de Sagua de Tánamo, ainda não havia chegado nenhum novo mantimento para os armazéns.

“Não há alimentos e há muita desesperança na população, muito descontentamento", disse ele.

O Ministério do Comércio do regime comunista de Cuba já chegou a admitir as dificuldades enfrentadas pela ilha em importar alimentos e combustíveis, bem como as falhas na distribuição de produtos de bens e serviços.

A crise energética que Cuba enfrenta neste momento tem resultado em apagões prolongados em várias cidades, e a escassez severa de alimentos desencadeou protestos e manifestações massivas nos últimos dias, onde as pessoas pediam por comida e liberdade. Tais protestos já culminaram na prisão de várias pessoas e foram fortemente reprimidos pela polícia do regime de Miguel Díaz-Canel, segundo informações.

A situação também é grave em outras cidades do interior, como San Andrés e Pinar del Río. Nessas localidades, a falta de eletricidade e alimentos é constante.

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Martha Poveda, mãe de dois filhos e cuidadora de seu marido, que está doente, expressou ao Martí seu desespero diante da escassez na região.

“A vida que levamos aqui é de cachorro”, afirmou ela.

Um sociólogo identificado como Ángel Marcelo Rodríguez Pita, disse ao Martí que mesmo na capital da ilha, Havana, os apagões programados e o desabastecimento de produtos básicos são uma realidade.

Segundo Pita, a situação da escassez pode piorar ainda mais na ilha com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, que pode tornar o uso de energia em uma necessidade diária e a fome ainda mais insuportável.

Em meio a toda essa turbulência, as autoridades comunistas tentam acalmar os ânimos com a venda esporádica de alguns produtos e a restauração temporária da eletricidade.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]