A ativista chinesa Wang Lihong, defensora dos direitos humanos, foi sentenciada nesta sexta-feira a 9 meses de prisão. O veredicto foi condenado por críticos que a consideram uma vítima da repressão desencadeada pelo Partido Comunista à dissidência na internet.
Wang foi considerada culpada de "provocar tumultos" em 2010, quando ela se manifestou diante de um tribunal na província de Fujian, leste do país, onde três pessoas eram julgadas pela acusação de difamar uma autoridade.
A audiência inicial do caso provocou protestos, já que Wang era considerada uma vítima da injustiça de autoridades que tentam conter dissidências, mas o forte esquema de segurança diante do prédio em que estava sendo julgada levou poucos partidários dela ao local nesta sexta-feira.
Wang foi presa em março desde ano, quando o governo chinês estava procurando deter e silenciar dissidentes, manifestantes e defensores dos direitos humanos, por temer que esse tipo de desafio ao partido poderia resultar em agitação semelhante à que vinha ocorrendo no mundo árabe.
O advogado de Wang, Liu Xiaoyuan, afirmou que a sentença foi "relativamente leve" comparada à pena máxima de 5 anos de prisão que seria o limite para sua infração.
Liu disse que se a apelação de Wang não for aceita pela Justiça ela cumprirá ainda alguns meses e será libertada em dezembro, considerando que já passou um período na prisão.
"Acho que essa é uma sentença pesada", disse a repórteres o filho de Wang, Qi jianxiang. "Ela não deveria de modo algum ter sido condenada."
Wang, de 55 anos, empresária e funcionária pública aposentada, disse aos juízes que eles deveriam saber que ela é inocente, afirmou o filho dela.
Depois de se aposentar em 2008, Wang passou a atuar como defensora dos direitos humanos em ações na Internet. Em 2010, ela assumiu a defesa da causa de Lin Xiuying, que acreditava que sua filha tivesse sido morta após ser estuprada em um bordel.
Lin e duas outros dois chineses que ajudaram a divulgar suas acusações na Internet foram presos. Quando os três foram julgados, no ano passado, Wang era uma das pessoas que protestaram diante da corte, pedindo sua libertação.
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