1 mil pessoas foram entrevistadas pelo Instituto Pew em cada um dos 44 países pesquisados, entre março e maio deste ano, exceto na China e na Índia, onde foram ouvidas 3.190 e 2.464 pessoas, respectivamente.
Emergente
Instituto Pew avaliou também a opinião do mundo sobre a China
A pesquisa anual do Instituto Pew mediu também a popularidade da China, a superpotência emergente que é vista como ameaça por muitos americanos. Assim como os EUA, a China tem imagem favorável em quase todos os continentes mas bem mais positiva na Ásia e na América Latina (AL) e menos positiva na Europa e nos EUA.
O Brasil é, entre os países pesquisados na AL, onde mais gente afirmou ter imagem desfavorável da China (44%), mesmo porcentual dos que disseram ter imagem favorável. Venezuela e Chile são os países que têm melhor percepção dos chineses (com 67% e 60% favoráveis, respectivamente). Nos EUA, 55% têm visão desfavorável e 35%, favorável.
A popularidade dos Estados Unidos e ainda mais a do presidente Barack Obama despencaram no Brasil no último ano após as revelações sobre a espionagem americana realizada no país.
Segundo pesquisa do Instituto Pew divulgada ontem, a aprovação de Obama no Brasil caiu de 69% para 52% entre 2013 e 2014. A imagem positiva dos EUA caiu de 73% para 65%.
Entre 44 países selecionados para uma ampla pesquisa sobre a imagem internacional dos EUA, o Brasil é o segundo país onde a oposição à espionagem de cidadãos pelos americanos é maior (94%, atrás apenas da Grécia). E é o sétimo que mais se opõe ao uso de drones em operações militares (apenas EUA e Israel têm maiorias que defendem o uso).
Além disso, 83% dos brasileiros também se manifestaram contra a espionagem de chefes de Estado. Já na Alemanha, onde os documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden revelaram que a chanceler Angela Merkel tinha seu celular "grampeado" pelos americanos, a espionagem contra chefe de Estado é mais desaprovada (90%) que a espionagem contra cidadãos comuns (87%).
Na Alemanha, a popularidade de Obama também caiu 17%, como no Brasil. Foi de 88% para 71%.
As maiores quedas na popularidade de Obama na condução de política internacional, questionada pelo Pew, ocorreram na América Latina: 17 pontos no Brasil, 13 pontos na Argentina e 9 pontos no México.
A Argentina é onde os Estados Unidos e Barack Obama têm visões favoráveis mais baixas na região (36% e 31%, respectivamente). Mas a maior queda no mundo foi na Rússia, que passou de 51% de imagem favorável dos EUA para 23% no último ano.
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