O governo do Peru retirou seu embaixador de Tóquio, em protesto contra a maneira de o Japão ter lidado com o ex-presidente Alberto Fujimori. O chanceler peruano, Oscar Maúrtua de Romaña, disse que a retirada é uma atitude de "reclamação, protesto e mal-estar" pela atitude de Tóquio. Fujimori foi preso na segunda-feira no Chile, ao tentar retornar ao Peru após cinco anos vivendo no Japão. O ex-presidente é considerado foragido em seu país, que tenta julgá-lo por violações de direitos humanos e corrupção.
O comentário do ministro Romaña foi uma resposta ao chanceler japonês, Taro Aso, que, segundo a imprensa peruana, disse desconhecer a ração de o embaixador Luis Macchiavello ter sido retirado do Japão.
Romaña disse à rádio Programas del Peru que o Japão não deve intervir no caro Fujimori, porque o ex-presidente, apesar de ter nacionalidade nipônica, optou pela peruana ao entrar no Chile. Também disse que a atitude do Peru foi de "firme protesto... contra tudo o que vinha acontecendo nos últimos anos".
O ministro lembrou que, em 8 de novembro, havia convocado o embaixador do Japão em Lima, Hitohiro Ishida, e expressou "o mal-estar e o cansaço" de seu governo com "tanta lentidão, por todos esses anos que haviam demorado, em que não se deu resposta aos pedidos legais do Peru de extradição", do ex-presidente.
O Japão e o Peru não têm tratado de extradição.
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