Muita gente sentiu a terra brasileira tremer, na noite de quarta-feira (16). Foi o efeito colateral do terremoto que atingiu o Chile, por volta das 20 horas. A consequência é natural: as ondas geradas por um abalo sísmico podem viajar por milhares de quilômetros de distância. Tremores foram sentidos principalmente em São Paulo. Há registros também em Cascavel, no Oeste paranaense.
Supermercado teria trancado clientes para que não saíssem sem pagar durante tremor
Leia a matéria completaO terremoto é uma onda que pode viajar por centenas e até milhares de quilômetros. Quanto mais longe, a energia perde força.
Veja fotos do terremoto no Chile
Chilenos vivem entre rotina de tremores e o pavor de grandes catástrofes
Leia a matéria completaAlém disso, o tipo de solo exerce influência na distância percorrida, explica a professora Patrícia Sottoriva, da pós-graduação em gestão ambiental da Universidade Positivo. Regiões mais rochosas tendem a ter uma vibração maior, por exemplo.
No caso do Brasil, a chance de um tremor é próxima de zero. Isto porque o país está no meio da placa tecnônica sul-americana, conta o professor Fábio Teodoro de Souza, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que realizou pesquisa de pós-doutorado em terremotos.
Já o Chile fica exatamente no encontro entre esta placa e a de Nazca, por isso a alta suscetibilidade a terremotos e o grande número de vulcões.
Este padrão – terremotos no encontro de placas – ocorre em quase todo o mundo.
A exceção é nos Estados Unidos, onde a maior porção do país está localizada na placa norte-americana. Apenas a costa Oeste fica no encontro com a placa do pacífico; ainda assim, há epicentros de tremores em outras regiões do país.
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