O jornalista Christian Zurita, que substituiu o candidato assassinado Fernando Villavicencio na eleição presidencial realizada no Equador no último dia 20, afirmou que deixará o país temporariamente por questões de segurança.
“As condições de perigo para a minha vida são enormes, altíssimas, não quero viver assim e tampouco quero que a minha família fique submetida ao que significa essa tragédia de viver numa cápsula de segurança, com coletes [à prova de balas] e capacetes quando saio em espaços públicos”, disse Zurita, em declarações reproduzidas pelo jornal El Universo.
Zurita, de 53 anos, foi o substituto de Villavicencio na eleição e, assim como o amigo assassinado no último dia 9 em Quito, é jornalista especializado em denúncias sobre corrupção e crime organizado. Ele se define como “esquerdista redimido” e escreveu com Villavicencio um livro sobre o esquema de subornos no governo de Rafael Correa (2007-2017).
No primeiro turno da eleição presidencial no Equador, Zurita votou em Quito trajando capacete e colete à prova de balas e acompanhado de um forte esquema de segurança.
Na eleição, ele ficou em terceiro lugar, com 16,37% dos votos, atrás de Luisa González e Daniel Noboa, que disputarão o segundo turno em 15 de outubro.
Nesta segunda-feira, o jornalista afirmou que fez “o melhor possível para cumprir o meu dever, a minha fidelidade a quem era meu irmão [Villavicencio] e assim apoiar um projeto que é dele, acima de tudo”.
“Vou ajudar, ficarei até onde eu possa efetivamente ser um colaborador, mas depois que eu terminar de cumprir essas responsabilidades... eu tenho que ir com calma”, acrescentou.
Zurita informou que pretende morar no exterior também para terminar um livro que planejava escrever em parceria com Villavicencio.
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