As portas que dão para o porão, para o sótão e para a garagem de Ariel Castro, de 52 anos, viviam trancadas com cadeados. O homem, suspeito de ter sequestrado por dez anos três jovens em Ohio, também nunca permitiu que sua família entrasse emc certos locais da casa.
As informações foram reveladas nesta terça-feira (7) ao "MailOnline", pelo próprio filho de Castro. Fotografias de 2001 mostram o homem sorridente em frente a uma porta trancada. Naquela época, uma das jovens, Michele Knight, já havia desaparecido há cerca de um ano. "A casa estava sempre trancada. Havia lugares que a gente nunca podia ir. Havia cadeados no porão, no sótão e na garagem".
Ariel e seus dois irmãos, Pedro, de 54, e Onil, de 50, foram presos na segunda-feira (6) após Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight terem escapado do cativeiro.
Em uma entrevista exclusiva ao jornal, seu filho Anthony Castro, de 31 anos, falou do choque ao saber dos supostos crimes cometidos pelo pai e contou que Ariel Castro lhe perguntou, há apenas algumas semanas, se ele acreditava que o sequestro de Amanda Berry - uma das vítimas - jamais seria resolvido.
"Se é verdade que ele as manteve e em cativeiro, as forçou a ter relações sexuais com ele e a ter o filho que esperava, escondidos da luz do sol, ele realmente tirou a vida daquelas meninas", afirmou. "Ele não merece ter própria vida mais. Ele merece ficar atrás das grades para o resto de sua vida. Eu sou apenas grato de que elas estejam vivas".
Em seu pouco contato com o pai, de quem a mãe se separou na década de 1990, uma conversa recente ficou particularmente na cabeça de Anthony: em abril, o pai chegou a lhe questionar se ele achava que Amanda seria encontrada. Quando Anthony disse que achava que a jovem tinha sido provavelmente morta porque muito tempo já havia passado, Castro respondeu: "Sério? Você acha?"
Ariel, de origem porto-riquenha, é um ex-motorista de ônibus escola. Seu tio, Julio Castro, também contou que o sobrinho era baixista em várias bandas e eu costumava tocar em um clube que pertencia ao tio de Gina DeJesus, uma das vítimas.
O suspeito, porém, tem antecedentes criminais, segundo a imprensa americana. Registros policiais mostram que Castro foi preso por violência doméstica e perturbação da ordem pública em dezembro de 1993. Ele também foi acusado de bater em sua ex-mulher, Grimilda Figueroa, em 2005, quebrando seu nariz e costelas e um dente, além de causar um coágulo de sangue no cérebro.