Disfarce
A Ucrânia disse ontem que um grupo de forças russas que se faziam passar por rebeldes separatistas cruzou a fronteira sudeste do país usando dez tanques e dois veículos blindados de infantaria, com o objetivo de abrir uma nova frente no conflito. Pouco antes, guardas de fronteira tinham detido o avanço de uma coluna de blindados na região.
17%
Os índices de popularidade de François Hollande continuam caindo. Ele tem apenas 17% de opiniões favoráveis (três pontos a menos em relação à última pesquisa Ipsos), e Valls, 34% (menos oito pontos). O primeiro governo encabeçado por Manuel Valls, de apenas 147 dias, foi um dos mais breves da 5ª República (fundada pela Constituição de 1958).
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou ontem a dissolução do Parlamento do país. Segundo ele, novas eleições vão ocorrer dia 26 de outubro. A decisão ocorre um dia antes de um encontro não oficial entre Poroshenko e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, numa cúpula diplomática em Minsk, na Bielo-Rússia.
Eleito presidente em maio após a queda de Viktor Yanukovich, Poroshenko alegou que vários membros do Parlamento apoiavam o governo deposto em fevereiro. "Muitos desses deputados aprovaram leis ditatoriais que tiraram a vida de centenas", disse, em comunicado divulgado pela presidência.
Poroshenko, um magnata local, afirmou que a Constituição garante a ele o direito de dissolver o Parlamento. "A composição do Parlamento não atinge os sentimentos políticos da comunidade ucraniana. A limpeza deve começar pelo mais alto órgão legislativo", disse. "Garanto que as eleições serão justas e democráticas."
O presidente disse ainda que, de acordo com pesquisas, 80% da população quer novas eleições.
A Ucrânia tem enfrentado separatistas pró-Rússia na região leste do país e acusa Moscou de estar bancando os rebeldes, o que os russos negam. Poroshenko disse ter esperança de que o novo pleito expulse grande parte da "velha guarda" que apoiava Yanukovich e produza uma coalizão capaz de realizar reformas econômicas e políticas vitais depois de anos de corrupção e negligência.
O encontro entre Poroshenko e Putin tem o objetivo de resolver a questão do comboio com ajuda humanitária enviado pelos russos ao leste ucraniano.
França: Hollande exige gabinete coeso e promove uma reforma ministerial
Agência O Globo
O presidente François Hollande começa hoje uma nova fase do mandato com um Ministério remanejado. As repetidas dissensões internas no governo fizeram o líder francês exigir do primeiro-ministro, Manuel Valls, a formação de um gabinete coeso, sem mais críticas públicas, como vem ocorrendo desde o primeiro governo de Hollande, com o premiê Jean-Marc Ayrault.
A reforma ministerial, considerada mais um sintoma da fragilidade do atual governo em queda de popularidade e de credibilidade deu munição à oposição, que denuncia uma crise política maior e pede a dissolução do Parlamento. E reforçou o grupo de insatisfeitos no seio do Partido Socialista (PS).
O remanejamento excluiu ontem mesmo os ministros da Economia, Arnaud Montebourg; da Educação, Benoît Hamon; e da Cultura, Aurélie Filippetti. A gota dágua que provocou a mudança foram as declarações de Montebourg criticando as políticas de austeridade econômica impostas na Europa na França e na Alemanha principalmente.
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