Um dia depois de a Justiça venezuelana proibir a participação dos dois principais nomes da oposição do país, María Corina Machado e Henrique Capriles, nas eleições venezuelanas, o porta-voz do governo ditatorial de Nicolás Maduro acusou, sem apresentar provas, que a oposição do país planejava um “golpe de estado” que inclui o assassinato do presidente Nicolás Maduro. As acusações têm sido usadas pelos governistas para justificar a quebra do chamado Acordo de Barbados, que estabelecia, entre outras coisas, a escolha livre dos candidatos, sem intervenção do governo.
Durante uma entrevista coletiva, em Caracas, Héctor Rodríguez disse, sem apresentar provas: “Nenhum processo de negociação pode ser usado para justificar um golpe de Estado. Há pessoas na oposição que estiveram diretamente envolvidas nos planos para matar o presidente e apelar a uma revolta militar. Isso é injustificável. […] O que foi acordado em Barbados referia-se a elementos gerais, mas nunca discutimos o perdão do crime e nunca discutimos nenhum candidato em particular”.
Na segunda-feira (22), o país divulgou a informação que ao menos 31 pessoas haviam sido presas desde maio de 2023 por supostos “planos de conspiração” contra o governo. Dias depois, Maduro afirmou que o acordo feito com a oposição sobre as eleições presidenciais deste ano foi "mortalmente ferido”.
Com a ratificação da desqualificação da candidata presidencial antichavista, María Corina Machado, confirmada na sexta-feira (26), oposição venezuelana agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD) anunciou que denunciará à Noruega, mediadora dos acordos de barbados, a violação parcial dos documentos pelo regime de Caracas.
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