Foz do Iguaçu Vereadores da tríplice fronteira querem reativar o porto oficial entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, no Paraguai, para desafogar o trânsito na Ponte da Amizade, ligação entre os dois países, e agilizar o fluxo de veículos e pessoas na região. O projeto foi discutido e aprovado ontem na primeira reunião ordinária do Parlamento Municipal Trinacional, criado no mês passado para discutir questões fronteiriças.
A reunião, realizada em Puerto Iguazú, Argentina, reuniu vereadores de sete cidades dos três países que aprovaram por unanimidade a iniciativa. Agora o projeto será discutido nas câmaras de vereadores locais e posteriormente encaminhado aos respectivos governos federais dos países envolvidos, no caso Brasil e Paraguai.
Segundo o presidente da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, Carlos Juliano Budel, a decisão do Parlamento Trinacional, formado por representantes das câmaras locais, tem força porque tem poder de lei nos municípios. Budel diz que o assunto, além de ser debatido nas cidades fronteiriças, também será retomado nos próximos meses durante reunião com o embaixador Afonso Sena, representante do Itamaraty no Mercosul, a ser realizada em Foz do Iguaçu.
Ainda de acordo com Budel, a reativação do porto, situado às margens do Rio Paraná, depende apenas da Receita Federal (RF) que alega falta de funcionários porque já há empresas autorizadas para fazer o transporte e autorização da Marinha. "Só falta a boa vontade política da Receita Federal para disponibilizar o aparato", diz. O projeto, antiga reivindicação de Foz do Iguaçu, voltou a pauta de discussões da fronteira por iniciativa de empresários paraguaios. A partir da reativação do porto, a travessia via balsa, pelo Rio Paraná, pode ser feita uma média de 10 minutos.
O porto oficial foi desativado na década de 60, após a construção da Ponte da Amizade.
Atualmente, o Paraguai mantém uma ligação via balsa com a Argentina, entre o Porto de Presidente Franco e de Puerto Iguazú.
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