Os trabalhadores do terminal marítimo de petróleo de Fos-Lavéra, em greve há um mês em protesto contra reformas no porto, decidiram nesta quarta-feira manter a paralisação, segundo um porta-voz sindical.
"Vamos permanecer em greve enquanto isso for necessário para vermos as coisas avançarem na direção correta". disse Pascal Galeote, porta-voz da central sindical CGT, à Reuters.
O terminal petrolífero de Fos-Lavéra, terceiro maior do mundo, é crucial no abastecimento de petróleo bruto para as refinarias do país. Mas caiu o número de refinarias cujos trabalhadores permaneciam em greve. Empregados de duas delas decidiram encerrar a paralisação e os bloqueios nesta quarta-feira, o que elevaria para sete as que estão em operação, de um total de 12 que estavam paradas no país.
Galeote disse que as negociações com a direção do porto não foram interrompidas, mas que ainda há várias questões a serem resolvidas. Não há nenhuma reunião marcada para esta quarta-feira.
A administração do porto, que fica próximo a Marselha, disse em nota que havia 57 navios-tanque bloqueados, sendo 37 com petróleo bruto, e 20 com derivados.
A empresa Petroplus informou na terça-feira que a refinaria suíça de Cressier teve de parar sua produção por causa da greve no terminal petrolífero francês, que impede o envio de petróleo bruto à Suíça.
A greve em Fos-Lavéra começou em 27 de setembro, por causa da reforma portuária e das condições de trabalho, e se intensificou em meio aos protestos nacionais das últimas semanas contra a reforma previdenciária na França.
Os sindicatos continuam se opondo à reforma previdenciária, que eleva de 60 para 62 anos a idade mínima de aposentadoria. Mas os protestos e paralisações já estão perdendo força, numa vitória para o presidente Nicolas Sarkozy.
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