Sindicalistas bloqueiam a entrada de um terminal ferroviário durante greve geral em Almada, nos arredores de Lisboa, 24 de novembro de 2010| Foto: Reuters

Os dois maiores sindicatos de Portugal realizam nesta quarta-feira a primeira greve geral conjunta desde 1988, visando debilitar a determinação do governo de aplicar medidas de austeridade para conter a crise de dívida.

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Os sindicatos planejam suspender a atividade de trens, ônibus, aviões e serviços como saúde, em protesto contra reduções de salários e o aumento do desemprego.

O primeiro ministro, José Sócrates, prometeu que seguirá em frente com as reduções salariais e os aumentos de impostos, para reduzir o déficit do país.

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"Talvez a greve não provoque mudanças radicais no rumo das medidas de austeridade..., mas ela representa um elemento adicional de incerteza ao já instável cenário do país", disse Elisio Estanque, pesquisados de sociologia da Universidade de Coimbra.

Os sindicatos buscam aproveitar a crescente insatisfação com as medidas de austeridade de um governo que está em minoria.

"São os trabalhadores que estão pagando pela crise, não os banqueiros, não os acionistas das grandes empresas", disse Leandro Martins, um aposentado de 65 anos. "Esta é uma greve contra as políticas de direita, para demandar novas políticas que sirvam ao povo português."