Lisboa (EFE) – Os 70 anos da morte de Fernando Pessoa, o mais representativo dos poetas portugueses do século passado, foram lembrados ontem, em Lisboa, com leituras de poemas, um debate sobre sua trajetória e uma exposição de pintores cubanos, entre outros atos. A Casa Fernando Pessoa, onde o escritor viveu os últimos 15 anos de sua vida, foi palco do lançamento do projeto "Wordsong Pessoa", um kit com livro, CD e DVD que estará à venda em fevereiro de 2006.

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A Casa Fernando Pessoa também organizou uma leitura de poemas do autor por escritores, artistas e personalidades portuguesas de diferentes campos em seu jardim de inverno.

Além disso, uma galeria de Lisboa inaugurou a exposição "Mar português", em homenagem ao poeta, com a apresentação de um conjunto de obras de pintores cubanos. Fernando Pessoa, que usou os heterônimos Bernardo Soares, Chevalier de Pas, Alexander Search, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos para assinar suas obras, nasceu em Lisboa em 13 de junho de 1888. O poeta viveu na África do Sul de 1896 a 1905, quando voltou a Lisboa, onde em 1915 começou a publicar seus poemas com estilo modernista, tanto em inglês como em português. Em vida, Pessoa só teve um livro de poemas publicado, "Mensagem" (1934). Sua obra mais popular, "O livro do desassossego", um romance inacabado e escrito em forma de diário, só foi editada anos após sua morte, em 30 de novembro de 1935.

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Pessoa tinha 47 anos quando morreu de cirrose hepática e hoje seus restos repousam sob um monólito de mármore no claustro do Monastério dos Jerônimos, o mais emblemático monumento português, perto dos poetas Luís Vaz de Camões e Alexandre Herculano.