Uma redução na atividade solar equivalente à da "Pequena Era do Gelo" do século XVII causaria apenas uma pequena diminuição no ritmo do aquecimento global, indicou um estudo nesta quarta-feira.
Uma diminuição da atividade solar nos últimos anos, relacionada a um número menor de manchas solares, cortaria em no máximo 0,3 grau Celsius o aumento previsto das temperaturas até 2100, caso ela se transforme no longo "Grande Mínimo" de intensidade, afirmaram eles.
"A noção de que estamos nos dirigindo a uma nova Pequena Era do Gelo caso o Sol de fato tenha entrado num Grande Mínimo é errada," disse Georg Feulner, autor principal de um estudo do Instituto Postdam para Pesquisa sobre o Impacto do Clima, em um comunicado.
As temperaturas mundiais provavelmente subirão entre 3,7 e 4,5 graus Celsius até 2100, caso as emissões de gases-estufa continuem aumentando - muito mais que o impacto de mudanças conhecidas na atividade solar, informou o estudo.
O Sol passou por quatro Grandes Mínimos desde o século XIII, incluindo o Mínimo de Maunder, de 1645 e 1715, que se sobrepôs à Pequena Era do Gelo. O Rio Tâmisa congelou em Londres, por exemplo, entre 1683 e 1684.
As temperaturas mundiais aumentaram 0,7 grau Celsius desde que a Revolução Industrial levou ao maior uso de combustíveis fósseis, que liberam gases-estufa quando queimados, de acordo com um painel da Organização das Nações Unidas de cientistas que estudam o clima.