A jovem funcionária pública chinesa conhece um estrangeiro que se apresenta como um acadêmico interessado tanto na moça quanto na China. Encantada, a Pequena Li passa inocentemente a David informações de seu trabalho (no setor de propaganda do governo). Depois disso, ele some e, quando a polícia bate à porta da jovem, ela descobre que David era um espião. O casal é preso.
“Amor perigoso” é a história em quadrinhos que ilustra um poster chinês afixado em repartições do governo local de Pequim, em celebração ao 1º Dia da Educação sobre a Segurança Nacional.
Segundo o site China Law Translate, uma plataforma colaborativa de traduções do chinês, a campanha também pode ser vista em comunidades residenciais e nos hutongs, bairros tradicionais da capital.
A tradução da história postada no site conta que a Pequena Li inicialmente resiste ao pedido do estrangeiro para entregar dados de seu trabalho.
“Não posso, tenho um sistema de confidencialidade”, diz a moça, de acordo com o China Law Translate. “Querida, você ainda precisa manter segredos de mim?”, responde o namorado.
A agência estatal de notícias Xinhua informou, na sexta-feira (15), que, segundo o Ministério da Justiça do país, panfletos, pôsters e animações haviam sido distribuídos em órgãos públicos, escolas, empresas e residências por ocasião do dia educativo.
Em julho de 2015, explica a agência, o Congresso chinês aprovou a lei de segurança nacional, escolhendo o dia 15 de abril como uma data para “fortalecer a consciência da segurança nacional junto ao público”.
A lei é bastante ampla e, segundo especialistas, pode dar respaldo ao aperto no cerco à sociedade civil, que tem marcado o governo do presidente Xi Jinping.
Sentença de morte
Também pela celebração da data educativa, nesta segunda (18) a TV estatal CCTV informou que um chinês foi condenado à morte acusado de vazar e vender mais de 150 mil documentos reservados.
Segundo a CCTV, os documentos revelavam segredos militares e foram vazados para uma agência estrangeira não identificada de espionagem.
Huang Yu, um ex-técnico de computador em uma empresa chinesa especializada em criptografia, recebeu US$ 700 mil pelos dados, repassados entre 2002 e 2011, ainda de acordo com a TV estatal.
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