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Os Estados Unidos afirmaram que os aspectos militares da atividade nuclear do Irã estão "cada vez mais aparentes", enquanto seis potências mundiais pediram na quarta-feira que o governo iraniano coopere com a agência de inspeção nuclear da ONU para ajudar a afastar essas preocupações.

As grandes potências afirmaram que "a porta permanece aberta" para o diálogo com o Irã, mas deixaram claro que a República Islâmica precisa negociar arduamente a fim de encontrar uma solução diplomática para uma contenda antiga sobre o programa nuclear do país.

A demonstração de união das potências numa reunião de conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, teve como objetivo aumentar a pressão sobre o Irã, depois da ausência de progresso nas conversações com o país em dezembro e janeiro.

O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, disse na sessão de abertura de segunda-feira que as informações recebidas recentemente por sua agência fizeram aumentar a preocupação com os possíveis aspectos militares das atividades do Irã.

Teerã nega as acusações do Ocidente de que busca desenvolver armas nucleares, insistindo que a atividade nuclear destina-se apenas a gerar eletricidade para que possa exportar mais petróleo e gás.

Amano expressou uma frustração crescente com o que diz ser o fracasso do Irã em responder as acusações de que estaria trabalhando para desenvolver um míssil nuclear.

O embaixador dos EUA na AIEA, Glyn Davies, manifestou seu apoio aos comentários de Amano em seu discurso na reunião a portas fechadas do conselho diretor da agência, do qual fazem parte 35 países.

"As dimensões militares cada vez mais aparentes do programa nuclear do Irã, incluindo os esforços para desenvolver uma ogiva nuclear, tornam mais intensas e conferem urgência a essas preocupações", disse Davies, de acordo com uma transcrição de suas declarações.

Mais tarde, ele disse a jornalistas: "Estamos comunicando a opinião de que o Irã parece buscar a capacidade científica, técnica e industrial para produzir armas nucleares".

O Conselho de Segurança da ONU impôs quatro rodadas de sanções contra Teerã desde 2006 devido à recusa da República Islâmica de congelar seu programa de enriquecimento de urânio, que pode ter tanto propósitos civis, como militares.

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