O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que aqueles que não aceitam o acordo nuclear feito pelo Brasil e Turquia com o Irã "precisam ter inimigos". Ele afirmou que sua ida a Teerã para discutir um acordo com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, foi uma contribuição ao multilateralismo que tem de ser levada em consideração.
"Fomos ao Irã e conseguimos após 18 horas de reunião fazer aquilo que o Conselho de Segurança [da ONU] queria que fosse feito há seis meses. E é muito engraçado que algumas pessoas não gostaram que o Irã aceitasse a proposta, porque tem gente que não sabe fazer política se não tiver o inimigo", disse, ao discursar na 13.ª Marcha dos Prefeitos.
Lula afirmou que fica "triste" porque o Brasil não consegue superar complexo de inferioridade e reclamou da "elite política" que escreve colunas nos jornais criticando sua interferência nas discussões de paz no Oriente Médio. "Temos uma parte da nossa elite política que escreve colunas nesse país e fica dizendo por que o Brasil tinha que se meter?", disse.
O presidente criticou o isolamento imposto ao Irã e a ameaça de sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.
"Aprendi a educar cinco filhos sem nunca dar um tapa na bunda deles. Se bater resolvesse, a gente não tinha tanto bandido nesse mundo", comparou.
Quais ONGs cooperaram com Moraes e são alvo do Congresso nos EUA
MST elege 133 candidaturas entre militantes próprios e políticos apoiadores da causa
Lula põe o comércio exterior brasileiro a serviço de terroristas e assassinos
Censura ineficaz: banimento do X no Brasil teve impacto mínimo no uso da rede social