França, Estados Unidos e Reino Unido pediram nesta segunda-feira (16) ao Conselho de Segurança (CS) da ONU que aprove uma "resolução forte" sobre o conflito na Síria "que preveja consequências sérias" se os acordos de Genebra não forem cumpridos.
O ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse que o compromisso alcançado no sábado (14) na cidade suíça entre a diplomacia dos Estados Unidos e Rússia para conseguir o desarmamento químico da Síria é "um avanço importante".
"Não há uma solução militar para este conflito, a solução é política", disse Fabius, que falou com a imprensa junto com o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague.
"Temos que fazer o regime entender que não há outra saída além da mesa de negociações", disse Fabius em mensagem para as autoridades de Damasco.
O chanceler francês, anfitrião do encontro entre os três chefes diplomáticos em Paris, argumentou que para uma "negociação política é preciso uma oposição forte e para reforçar a oposição se organizará em Nova York uma reunião em torno do Conselho Nacional Sírio (CNS)".
O ministro francês disse que o acordo de Genebra comprova que "a atitude de firmeza deu seus frutos", já que o regime de Bashar al Assad se teve que comprometer a entregar as armas químicas que até há pouco negava sua existência.
Agora o "acordo deve ser rapidamente aplicado" para anular a ameaça química, afirmou Fabius.
A entrevista dos representantes da diplomacia dos Estados Unidos, França e Reino Unido aconteceu depois que os três se reuniram em Paris com o presidente francês, François Hollande, e antes de um almoço comum de trabalho.
- Grupos de oposição intensificam crimes na Síria, diz relatório da ONU
- ONU pode publicar conclusões sobre uso de armas químicas nesta 2ª feira
- Síria registra novos conflitos após acordo para eliminação de armas químicas
- Republicanos dos EUA questionam se acordo sobre Síria tem força suficiente
- Hollande: resolução da ONU sobre Síria deve incluir possibilidade de sanção
- Obama diz ter trocado cartas com novo presidente do Irã
- Acordo de armas químicas é vitória russa sobre EUA, diz ministro sírio