Seis potências mundiais se reúnem na terça-feira em Paris para tentar superar o impasse a respeito das sanções da Organização das Nações Unidas (ONU)contra o programa nuclear do Irã, mas Teerã alertou que qualquer negação de seus direitos será considerado um ato de ``inimizade''.
O presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou em um comício que seu país está nos últimos estágios do programa nuclear e sugeriu que irá reconsiderar suas negociações com Alemanha, França e Grã-Bretanha caso eles tentem impedir o Irã de usufruir seus direitos atômicos.
``Se vocês insistirem no seu caminho contra o direito da nação iraniana, a nação iraniana vai ver isso como inimizade ... e vai reconsiderar sua relação com vocês'', disse ele em aparente referência aos três países europeus que tentam negociar com Teerã.
O Ocidente suspeita que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares. A República Islâmica insiste que se trata de um programa exclusivamente pacífico.
Diplomatas dos cinco membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) mais a Alemanha se reúnem em Paris ainda na terça-feira para uma nova rodada de conversas sobre o Irã.
A Rússia e com menor ênfase a China se opõem às sanções contra o Irã, que seria uma reação à recusa de Teerã em suspender seu programa de enriquecimento de urânio, como exigiu a ONU.
``É hora de Rússia e China aceitarem a resolução das sanções. Precisamos mandar uma forte mensagem'', disse o subsecretário de Estado Nicholas Burns em Bruxelas.
Moscou alega que o programa nuclear iraniano não é uma ameaça comprovada à paz mundial.
Diplomatas europeus dizem que as sanções propostas no texto terão um caráter eminentemente simbólico, mas que a aprovação unânime de sanções, mesmo que mais brandas, seria um forte sinal a Teerã de que o mundo está disposto a impedir o país de obter armas nucleares.