A confiança nos políticos é bastante pequena no mundo todo e a maior parte dos cidadãos diz que os governos não refletem a vontade do povo, afirmou uma pesquisa mundial.

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"Who Runs Your World?" (Quem manda no seu mundo?) foi a pergunta feita pelo instituto Gallup International e pelo Serviço Mundial da BBC a mais de 50 mil pessoas em 68 países, em meio ao que vem sendo chamada de uma das maiores pesquisas de opinião pública já realizadas.

A religião surge com destaque na Nigéria, a família é vista como algo fundamental na América Latina e os japoneses desconfiam das figuras poderosas em geral.

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Uma das descobertas mais surpreendentes foi sobre a desilusão generalizada a respeito dos políticos. Apenas 13% das pessoas afirmaram confiar neles.

Duas de cada três pessoas entrevistadas sentiam não ser representadas por seus governos.

Houve exceções - entre os sul-africanos, os israelenses e os escandinavos. A maior parte dessas populações afirmou acreditar que seus governos estavam sintonizados com a vontade dos cidadãos.

A pesquisa mostrou ainda haver um desejo mundial de dar mais poder a intelectuais, como escritores e acadêmicos, mostrou a pesquisa.

E, se a tecnologia transforma o mundo em uma aldeia cada vez menor, o patriotismo continua a ser uma força de destaque - os sentimentos de identidade nacional apareceram com mais força na América Latina, no sudeste da Ásia e no leste da África.

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Os muçulmanos e os protestantes apresentaram a maior inclinação para confiar em líderes religiosos e para dar-lhes poder. Os judeus surgiram com os maiores índices quando o quesito foi acreditar na capacidade de mudar suas próprias vidas.

Em toda a África, a religião desempenha um papel importante, mas o destaque foi para a Nigéria, onde 85% das pessoas afirmaram apoiar seus líderes religiosos. A religião também surgiu com destaque entre os americanos e os canadenses.

Os japoneses mostraram-se bastante reticentes quanto às autoridades, confiando mais nos jornalistas e nos líderes do setor empresarial do país.

Na Europa, houve baixos níveis de confiança em todos os tipos de liderança - os militares, os políticos, os religiosos, os empresários e os meios de comunicação.

Na Índia, no Paquistão e no Vietnã, a maior parte dos entrevistados disse não haver muito que possam fazer para mudar suas vidas.

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A família surgiu como algo muito importante na América Latina, onde mais de 80% das pessoas apontaram para parentes como os que mais influenciavam nas decisões tomadas sobre sua vida.